sexta-feira, 7 de junho de 2013

UMA NOVA ETAPA, MUITA LUTA


No último domingo, 02 de junho, encerrou-se o 53º Congresso da UNE, novamente sendo realizado na cidade de Goiânia-GO, que reuniu aproximadamente 10 mil estudantes de todos os Estados da União. Este evento deve ser analisado não apenas pelo já esperado resultado da composição de sua diretoria, mas também a criação de um novo campo que se mostrou como alternativa real à atual direção da UNE: o Campo Popular.

Corriqueiramente se escutava que a disputa da UNE se pautava somente sob duas perspectivas: o da atual direção da UNE, com o consórcio de forças políticas comandada pela UJS, na qual se mostra cada dia mais burocrática e menos crítica, ou o posicionamento da auto-proclamada Oposição de Esquerda, com um discurso esquerdista irresponsável de negação dos avanços adquiridos nos últimos 10 anos em nossa sociedade e sistema educacional.

O Campo Popular chegou com força em seu ano de criação, não só com o seu grande número no Congresso, mas principalmente pelos posicionamentos adotados, no qual reconhece os avanços sociais obtidos na última década de governo do PT, mas também se mostrando crítico a vários posicionamentos do mesmo e sempre reforçando que queremos muito mais do que nos está posto e nos é oferecido.

O novo bloco (composto pelas teses Reconquistar a UNE, Levante Popular de Juventude, Quilombo, Mudança e Refazendo) reafirmou que é sim preciso 10% do PIB para a educação, mas que precisa vir juntamente com posturas de mudança estrutural e pedagógica em nosso modelo de ensino, fazendo assim uma real Reforma Universitária, e lutando sempre por uma Universidade Pública, Democrática e Popular.

E sob o som da palavra de ordem cantada "Para a UNE avançar, tem que ser mais popular" este campo obteve 539 votos, conquistando pela proporcionalidade, 11
cargos de direção na UNE, sendo 2 na Executiva.

No mais gostaríamos de agradecer ao companheiro Jonatas Moreth que no último período, representando a tese Reconquistar a UNE na executiva da União Nacional dos Estudantes, percorreu os estados com muita luta e dedicação, mostrando um Movimento Estudantil combativo e de luta, assim como fez a companheira Adriele Manjabosco que enquanto diretora da UNE também mostrou uma atuação exemplar, tornando-se assim o nome para representar a nossa tese neste período que está por vir.

E como disse a companheira Tábata Silveira “pulsa aqui a convicção de que reconquistar a UNE pra luta não é uma utopia, mas uma urgência mais possível agora com a conformação de um Campo Popular (fomos uma multidão expressiva no congresso) que propõe no discurso e na prática um ME cotidiano e não eleitoreiro, autônomo e não aparelhista, acolhedor e não arrogante, combativo e não adesista, comprometido com a transformação da universidade e não com a contagem de garrafinhas pra congresso ou pra partidos, que encara as e os estudantes como gente dotada de inteligência, não como gado.”


Luiz Carlos Werneck

Campo Popular
*Reconquistar a UNE - tese impulsionada pela Articulação de esquerda (Tendência Interna do PT)
*Levante Popular da Juventude - tese impulsionada pela Consulta Popular
*Quilombo - tese impulsionada pela Esquerda Popular Socialista (Tendência Interna do PT)
*Mudança - tese impulsionada pelo Movimento de Ação e Identidade Socialista (Tendência Interna do PT)
*Refazendo - tese impulsionada pela Militância Socialista (Tendência Interna do PT)
*Coletivo de Pés no Chão - impulsionado pela Revolução Democrática (Tendência Interna e regional do PT-RN)

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