sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Lançamento da Chapa NOVO TEMPO

Sexta-feira (27 de setembro) é dia de reunir a militância petista que sonha com a construção de um NOVO TEMPO para o PT em Natal e no Rio Grande do Norte a partir do processo de eleições diretas do partido.

Para coordenar este processo o Movimento PT, a Esquerda Popular Socialista, o Campo Democrático Popular, a Brasil Socialista, a Articulação de Esquerda, o Movimento de Ação e Identidade Socialista e vários outros militantes que constroem o Partido dos Trabalhadores construíram a chapa NOVO TEMPO, que apresenta as candidaturas de Gilderlei para presidente do PT natalense e de Olavo Ataíde para presidente estadual do PT potiguar.

Não precisamos ser um partido de milhares de filiados, mas necessitamos ser um partido de milhares de militantes. Queremos convocar cada filiado e cada filiada a construir conosco o PT, a cidade e o estado que queremos, mas para tanto sabemos que é necessário que exista um partido minimamente organizado, dinâmico, vivo e capaz de conquistar corações e mentes para um projeto político a ser construído coletivamente, junto aos movimentos populares e nas instâncias de base de nosso partido. Um caminho conectado ao nosso projeto nacional, mas que também reflita os anseios da militância petista e da sociedade.

Após a apresentação das propostas e o lançamento das candidaturas cantaremos um outro mundo possível em confraternização no Bardallo's Comida e Arte, pois a arte e a cultura são dimensões importantes da disputa política e cultural. Vamos juntxs!

"Diante do sol
retomamos o desafio
de dar as mãos
desfiar as linhas
e costurar de novo
as nossas bandeiras vermelhas
bordadas de estrelas."

Marcelo Mário de Melo

Gilderlei Presidente Municipal do PT de Natal - Chapa Novo Tempo Natal

Militantes filid@s ao Partido dos Trabalhadores, viemos através desta postagem fazer um convite para o lançamento das Chapas Estadual, Municipal e dos Diretórios Zonais e de seus respectivos candidatos a Presidência no Processo de Eleição Direta do PT (PED). Processo importante para debatermos e propormos um Novo Tempo ao nosso partido. Participem dos nossos debates, leiam as teses das chapas e ajudem a fortalecer as estruturas internas do Partido dos Trabalhadores.

Presidente Estadual - Olavo - 350
Chapa Estadual - Novo Tempo - 450
Presidente Municipal -- Gilderlei - 520
Chapa Municipal -- Novo Tempo Natal - 620
Presidente Zonal Norte -- Ferreirinha - 720
Chapa Zonal Norte -- Novo Tempo Natal - 820
Chapa Zonal Oeste -- Novo Tempo Natal - 820
Presidente Zonal Sul -- Rodrigo Bico - 720
Chapa Zonal Sul -- Novo Tempo Natal - 820
Chapa Zonal Leste -- Novo Tempo Natal - 820

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Novo Tempo Natal - Tese



Diante do sol
retomamos o desafio
de dar as mãos
desfiar as linhas
e costurar de novo
as nossas bandeiras vermelhas
bordadas de estrelas.

Marcelo Mário de Melo


O Partido dos trabalhadores é uma construção coletiva. São 33 anos dessa construção, onde conseguimos superar muitos desafios: lutamos pela redemocratização, construímos um forte movimento de resistência ao neoliberalismo na década de 90, vencemos três eleições presidenciais e implementamos mudanças que melhoraram significativamente a vida do povo brasileiro. Depois de 10 anos liderando um governo de ampla coalizão, nossos desafios são ainda maiores, numa conjuntura marcada pela retomada da luta social.

As jornadas de junho demonstraram o sucesso das transformações moleculares (avanços e conquistas) implementadas na última década, capazes de formar uma nova geração de cidadãos que, acessando mais direitos e políticas públicas, nutriu novas expectativas e reivindicou mais avanços, mas demonstraram também os limites da política de conciliação de classes adotada pelo PT e a própria burocratização do partido, que desprivilegiou a disputa da sociedade civil em benefício de um pacto político estritamente congressual, num ambiente legislativo em que a direita ainda hegemoniza e impede o avanço das reformas estruturais.

São tempos difíceis que estamos vivendo, tão importantes quanto complexos e desafiadores. Seja para reafirmar projetos, resgatar princípios, mas também para corrigir os rumos do nosso Partido. Sabemos que o momento requer muita reflexão, discernimento e responsabilidade para fazer as mudanças necessárias e armar nosso partido para a dura disputa política que já está em curso. A luta política exige uma inquietude consequente. Algo que nos reanime e nos ponha em movimento. Afinal, foi assim que vencemos os grandes desafios que enfrentamos em 33 anos de história.

É imprescindível reatar os laços com nossa base social. Isto passa por retomar a capacidade dirigente do partido, nossa capacidade de intervenção nas lutas sociais ao lado de outros partidos de esquerda, do movimento sindical e dos movimentos populares.

Não podemos ter dúvida que nossa trajetória é vitoriosa, nem vacilar na defesa do nosso governo e da experiência que representamos. No entanto, nossos problemas não serão enfrentados se ficarmos vivendo do nosso passado glorioso ou sufocando qualquer tentativa de autocrítica. Precisamos pensar o Partido para os desafios futuros.

É preciso sacudir o pó e reinventar nossa ação política. Para uma nova realidade, novas respostas. Para isso é fundamental reafirmarmos nosso compromisso com o socialismo, romper com a acomodação e adaptação que vai afetando cada um de nós e ditando o ritmo da vida partidária. É uma luta cotidiana contra o excesso de pragmatismo, os hábitos e costumes da política tradicional que se instalam cada vez mais nas nossas fileiras e que geram desânimo, distanciamento, apatia e perda de referencial político.

É diante deste cenário de intensa luta política e social que realizaremos mais um Processo de Eleições Diretas (PED). É o momento que o partido terá de eleger suas novas direções e de construir uma estratégia, uma política de alianças e um modelo de funcionamento adequado à atual conjuntura política.

É esse conjunto de questões que queremos debater no PED com a militância do PT natalense. Somos aqueles e aquelas que, a despeito do processo de degeneração, não abriremos mão de debater com a militância petista nossas propostas para fortalecer o PT. É isso que vamos fazer no PED 2013. Iremos apresentar uma plataforma para dirigir o PT nos próximos quatro anos.

Em Natal, capital do único estado governado pelo Democratas no Brasil, o PT enfrenta grandes desafios para se consolidar enquanto alternativa política, tanto no que diz respeito à sua capacidade de intervenção nas lutas sociais quanto no que diz respeito ao sonho coletivo de transformar em realidade o modo petista de governar.

Ousadia não faltou para apresentar à população natalense quadros importantes de nosso partido para governar a cidade de Natal, desde a candidatura de Júnior Souto a prefeito em 1992; passando pelas candidaturas de Fátima Bezerra em 1996, 2000, 2004 e 2008; até a recente candidatura de Fernando Mineiro em 2012. São duas décadas de disputas ininterruptas, que demonstram que a defesa de candidaturas próprias do PT nunca foi patrimônio de nenhuma tendência interna do partido, mas sim um sonho coletivo que o conjunto do partido ainda não foi capaz de transformar em realidade, o que demonstra claramente que precisamos de mais partido, de mais disputa política e ideológica, de mais articulação política com os partidos que compõem nosso bloco estratégico em nível nacional, de mais militância política nos anos pares e essencialmente nos ímpares.

Somos um diretório municipal com aproximadamente dois mil filiados, com aproximadamente mil filiados aptos a votar no Processo de Eleições Diretas, mesmo depois da recente tentativa de organização dos diretórios zonais, que tentam dar vida orgânica ao partido em cada zona da cidade. Não precisamos ser um partido de milhares de filiados, mas necessitamos ser um partido de milhares de militantes.

É preciso realizar um trabalho coletivo e cotidiano de construção partidária, que prepare nosso partido para os enormes desafios que temos pela frente, em especial 2014. A próxima direção do partido tem que ser construída com mais diálogo, compromisso, sem sectarismo e aceitando o desafio fundamental de fazer com que o PT seja protagonista na cena política municipal e estadual.

Somos aqueles e aquelas que, obtendo a confiança e o voto da maioria dos petistas de Natal para coordenar e organizar o PT natalense durante os próximos quatro anos, não renunciaremos aos compromissos assumidos no debate que estamos propondo ao conjunto da militância no PED 2013, não renunciaremos à tarefa de dirigir com entusiasmo, disposição militante e convicção política o Partido dos Trabalhadores.

Queremos convocar cada filiado e cada filiada a construir conosco o PT e a cidade que queremos, mas para tanto sabemos que é necessário que exista um partido minimamente organizado, dinâmico, vivo e capaz de conquistar corações e mentes para um projeto político a ser construído coletivamente, junto aos movimentos populares e nas instâncias de base de nosso partido. Um caminho conectado ao nosso projeto nacional, mas que também reflita os anseios da militância petista e da sociedade natalense.

Fortalecer o Partido em nossa cidade passa por realizar com êxito um movimento interno e outro externo.

O movimento interno passa por:
*organizar e estruturar os diretórios zonais, as secretarias, setoriais e núcleos de base do partido, garantindo as mínimas condições políticas e estruturais para que possam ter vida orgânica;
*implantar uma política de comunicação capaz de manter a militância informada sobre nossas atividades, fatos políticos relevantes e de socializar materiais formativos, mas também de expor o posicionamento do PT sobre temas relevantes para a população da cidade, permitindo que façamos a disputa de opinião cotidiana nas ruas, nas redes sociais e na imprensa tradicional;
*priorizar política e financeiramente um programa de formação política para novos filiados e para formação de quadros; debater a inserção da militância do partido nos movimentos sociais, realizando um encontro anual que permita o debate interno, bem como o debate entre a militância do PT e os movimentos com os quais dialogamos, de forma a construir agendas comuns e de intensificar a disputa política e ideológica;
*fortalecer a auto-organização das mulheres petistas através do fortalecimento do Setorial de Mulheres, para que possamos ter cada vez mais companheiras intervindo nas instâncias partidárias, nos movimentos sociais e na disputa institucional, na contramão da cultura machista ainda hegemônica na sociedade;
*fortalecer a organização da juventude petista natalense através do fortalecimento da secretaria municipal da juventude do PT, garantindo as mínimas condições para que a instância tenha vida orgânica, realize atividades de formação política, festivais de arte e cultura, dentre outras atividades que contribuam para que a JPT dispute corações e mentes da juventude natalense.

O movimento externo passa por manter diálogo contínuo com os partidos do campo democrático e popular, pela intervenção qualificada do partido nos espaços institucionais e nas lutas sociais, para que o PT se referencie e se viabilize enquanto alternativa política para aqueles e aquelas que desejam tomar partido, bem como para aqueles e aquelas que desejam que a cidade seja administrada com eficiência, transparência, planejamento estratégico e participação popular. Para que o partido possa dar conta dessas tarefas é preciso ter uma direção política sintonizada e com capacidade de enfrentá-las. Ou seja, o PT de Natal precisa de um enorme esforço coletivo nos próximos anos e de uma direção partidária que esteja à altura desse desafio. Uma direção que priorize a construção partidária; que dialogue com todas as correntes do partido, inclusive com os militantes que não se organizam no interior de nenhuma tendência, perseguindo a síntese dialética dos variados anseios e formulações; que esteja presente nos movimentos sociais e que não tenha medo de inovar. 

Para coordenar este processo o Movimento PT, a Esquerda Popular Socialista, o Campo Democrático Popular, a Brasil Socialista, a Articulação de Esquerda o Movimento Ação e Identidade Socialista e vários outros militantes que constroem o Partido dos Trabalhadores apresentam a chapa Novo Tempo Natal e o nome de Gilderlei Soares para presidente do Diretório Municipal do PT.

O companheiro Gilderlei Soares é professor da rede pública. Formado na tradição marxista e socialista, é atual secretário-geral do PT, tendo também cumprido tarefas no Coletivo Estadual de Formação Política e no Setorial de Educação do PT. A eleição de Gilderlei Soares significa um novo tempo para o PT natalense, de mais militância, mais articulação política, mais inovação e mais ousadia.

A chapa Novo Tempo Natal agrega um conjunto de militantes petistas que acredita ser possível construir um novo PT em nossa cidade e estão dispostos a lutar por esse sonho coletivo. Se você também quer fazer parte desse time, vem conosco. Nossos sonhos são de todas as cores, mas nossa esperança é vermelha!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

PED

Valter Pomar 120, candidato a presidente nacional: “Defendemos uma estratégia democrática, popular e socialista para que o PT seja o partido do futuro e não apenas um partido que tem um grande passado pela frente, do qual nos orgulhamos”.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Programa Mais Médicos e os interesses da saúde pública

Por José Gilderlei Soares

Na última quarta-feira, 4 de setembro, foi realizado no calçadão da Rua João Pessoa um ato em defesa do “Mais Médicos”. A organização foi da Federação dos Conselhos Comunitários e Entidades Beneficentes do RN (FECEB) e Federação das Entidades Comunitárias de Natal (FECNAT). Várias lideranças de bairros populares estiveram no ato.

O programa do governo federal visa aumentar a proporção de médicos nas regiões do país onde existe escassez destes profissionais da saúde. Os médicos contratados irão trabalhar na periferia das grandes cidades e nos municípios do interior do país. O programa também visa estimular a inscrição de médicos estrangeiros. Os médicos que vierem de outros países não precisaram passar pelo atual processo de revalidação do diploma, o chamado Revalida. Eles terão uma avaliação distinta e, se forem aprovados, receberão um registro provisório que terá validade apenas para atuação dentro do Programa Mais Médicos.

Fato é que desde o anúncio da medida provisória várias manifestações têm ganhado as ruas e redes sociais, tanto contrárias quanto favoráveis ao programa.

Desde a constituição de 1988 vivemos o desafio de implantar o SUS num país socialmente excludente onde a saúde é tratada como mercadoria. Porém, por mais deficiente que seja, o nosso Sistema Único é uma vitória da sociedade, uma conquista social para os brasileiros.

As fragilidades na implantação do SUS levaram ao crescimento do sistema privado de saúde, acompanhado do deslocamento da mão de obra médica para o setor privado. Assim, SUS tornou-se refém dos serviços privados.

Em relação ao Programa, o equívoco do Governo foi a forma como foi apresentado sem uma discussão prévia no Conselho Nacional de Saúde e com setores diretamente envolvidos. Outro erro foi a proposta de extensão do curso de medicina em dois anos. Proposta revista em seguida pelo governo.

É notório que a classe médica em nosso país tem uma formação elitizada, mercantilizada, em número insuficiente e sem sintonia com as necessidades do SUS e do país.

A reação conservadora despertada em determinados setores serviu para alertar para uma coisa: o que esta em jogo é os interesses do SUS acima dos interesses mercantilistas e corporativistas.

Com a chegada dos primeiros médicos estrangeiros foi vergonhoso ver cenas organizadas por entidades médicas. Uma das cenas chocantes foi a “vaia” sofrida por médicos cubanos em Fortaleza, organizada pelo Sindicato dos médicos do Ceará.

Aliás, no referente aos cubanos vale ressaltar o ranço ideológico. Chega a ser ridículo a “teoria” da conspiração para a propagação das ideias comunistas.

Sabemos que os problemas do SUS não se resolverão apenas com o aumento da quantidade de médicos. Resolveremos com mais estrutura, mais financiamento, melhor uso de recursos e mudança de concepção, atentando para o fato de que saúde não é mercadoria.

É fundamental aproveitar o momento favorável para debater os sérios gargalos que temos para a completa implantação do nosso Sistema único de Saúde. Os desafios do SUS não são de fácil solução, por isto exige que todos aqueles que lutam pela sua efetivação estejam atentos ao debate que se trava neste momento.

José Gilderlei Soares é presidente do Conselho Municipal de saúde de Natal

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Debate entre candidatos à presidência nacional do PT

Pessoal, quem não teve condições de assistir ao primeiro debate entre candidatos a presidente nacional do PT, realizado no dia 26 de agosto, com transmissão ao vivo, é bom aproveitar para ver agora!

Seguem links dos vídeos do debate do PED:

Parte I: http://youtu.be/0jclXj8Xw6E

Parte II: http://youtu.be/SXc54x-ycjo

Parte III: http://youtu.be/az466OqcTfo

Nota sobre a "compra de votos"

O Globo divulgou, na sua edição de 5 de setembro, matéria de capa intitulada "Compra de votos abre crise no PT".

Como é habitual nos textos da grande imprensa sobre o PT, a matéria do Globo comete várias incorreções, motivo pelo qual considero necessário esclarecer o seguinte:

1.O regulamento do PED e o estatuto do Partido estabelecem duas alternativas: o pagamento individual da contribuição financeira e o pagamento coletivo (novidade introduzida pelo IV Congresso do PT).

2.O pagamento coletivo só poderia ser feito a partir do dia 1 de setembro e deveria obedecer a um conjunto de regras, entre as quais a realização de uma atividade para arrecadar os recursos e o pagamento do total dos filiados em débito da instância respectiva.

3.A realização de uma atividade de arrecadação, convocada e divulgada publicamente, visa evitar a utilização de recursos externos ao Partido e de origem incerta. O pagamento do conjunto dos filiados visa garantir que todos os filiados, e não apenas os vinculados a esta ou aquela posição, sejam beneficiados pelo pagamento coletivo.

4.Existem inúmeros indícios de que, já antes de 1 de setembro, houve pagamento coletivo, disfarçado de pagamento individual.

5.Um destes indícios é percebido quando se analisa a evolução das cotizações, dia a dia, em várias cidades do país. Há dias em que o número de pagamentos salta de dezenas para milhares. Quanto estes dias não são de pagamento de salários, nem são os dias para os quais os boletos bancários (de pagamento das contribuições) foram datados, está aí um forte indício de que alguém pagou coletivamente grande número de filiados. Nestes casos, uma análise do extrato bancário é suficiente para determinar, com grande nível de certeza, se houve ou não pagamento coletivo.

6.Outro indício de pagamento coletivo é percebido quando se constata a existência de pessoas mortas, na lista do que teriam cotizado. Salvo na hipótese de homônimos, a presença de mortos na lista de cotizados indica que alguém fez um pagamento coletivo em massa. Um terceiro indício é a existência de pagamento em duplicidade, apontando que diferentes grupos políticos resolveram quitar simultaneamente as dívidas das mesmas pessoas.

7.Entretanto, o indício mais forte de que houve pagamento coletivo em massa é que isto é falado abertamente, no Partido. E falado por integrantes dos mais variados setores. Infelizmente, ao contrário do que diz a matéria, não é um único setor, nem uma única candidatura, que será supostamente beneficiada por este expediente.

8.Digo infelizmente, porque se fosse uma prática de um único setor, seria de fácil correção. Digo supostamente beneficiada, porque o instituto do pagamento coletivo é negativo para o conjunto do PT. A contribuição financeira individual para com o Partido é um ato político da maior importância. Um partido onde grande número de filiados não contribui pessoal e individualmente, tendo sua contribuição paga por terceiros, é um partido estruturalmente débil.

9.A cotização coletiva, feita irregularmente, disfarçada de cotização individual, não constitui "compra de votos". A compra de votos supõe que alguém comprou e alguém vendeu. Já na cotização coletiva em massa, parte dos filiados simplesmente desconhece que foi paga sua dívida para com o Partido.

10.O ideal é que todos os 1 milhão e 700 mil filiados ao PT estivessem em dia para votar dias 10 e 24 de novembro. O ideal, aliás, é que tivéssemos 10 milhões de filiados. Que 800 mil filiados possam votar é algo positivo. O que não é positivo, o que não é honesto para com o próprio PT, é fechar os olhos para a existência de problemas, cuja escala exata desconhecemos, mas que tudo indica ser expressiva.

11.Por isto, a chapa "A esperança é vermelha" optou por apresentar recursos, sobre casos concretos, à Comissão de Organização Eleitoral. Até o momento, já foram entregues três recursos. Um deles diz respeito a fortíssima suspeita de que três pessoas mortas fazem parte da lista de cotizados em uma cidade de Minas Gerais. Outros dois dizem respeito à indícios de que houve cotização em massa em duas cidades do Espírito Santo. Pretendemos apresentar novos recursos, até o dia 9 de setembro, quando se reúne a Comissão de Organização Eleitoral. Da nossa parte, no que está ao nosso alcance, buscamos desta forma corrigir os problemas existentes. Bom será que todos os setores do Partido, a começar pelos que deflagraram esta polêmica pública, atuem da mesma maneira.

12.Que a grande imprensa busque desgastar o PT, faz parte. Que setores do Partido utilizem estes episódios como argumento no debate interno e público, também faz parte, gostemos ou não do momento, da forma e do meio. O que não pode fazer parte, em hipótese alguma, é tapar os olhos para o fato de que determinado tipo de expediente -entre eles a cotização em massa-- não ajuda a fortalecer o Partido dos Trabalhadores.

13.Desde a convocação do PED, temos nos oposto a idéia segundo a qual o sucesso do processo dependerá em grande medida do número de votantes. Para nós, o sucesso do PED dependerá essencialmente das resoluções que propicie, no sentido de mudar o funcionamento e a estratégia do PT, bem como ajudar na reeleição de Dilma, uma reeleição que nos permita fazer um segundo mandato superior ao atual, um segundo mandato que seja marcado pelas reformas estruturais de que o Brasil tanto precisa.

Valter Pomar
5 de setembro de 2013

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Nota do PT sobre a situação na Síria

O Partido dos Trabalhadores acompanha com crescente apreensão a situação na Síria.

Desde o início dos conflitos naquele país, a nossa posição é de que cabe unicamente ao povo sírio encontrar uma solução pacífica e política para as suas diferenças.

O PT condena com total veemência qualquer forma de violência contra civis e rechaça qualquer tipo de ingerência externa.

Há exemplos recentes confirmando que ações militares patrocinadas por potências estrangeiras não ajudam a paz, a democracia e o bem estar, causando mais destruição e perda de vidas humanas.

O PT reitera sua opinião favorável à democratização do sistema ONU, inclusive a ampliação do chamado Conselho de Segurança (CS). E apoiamos a posição manifesta pelo governo brasileiro, acerca da ilegalidade de toda e qualquer intervenção sem autorização expressa do CS.

Por fim, defendemos a investigação completa do atentado cometido, ao que tudo indica, com armas químicas. E repudiamos a tentativa, já vista no caso do Iraque, há vários anos, de forjar pretextos para ações unilaterais.

A paz está sob ameaça. O PT estará presente e se solidariza com todas as atividades em defesa da paz mundial.

Rui Falcão, presidente nacional do PT

Iriny Lopes, secretária de relações internacionais

Valter Pomar, secretário executivo do Foro de Sâo Paulo