quinta-feira, 18 de julho de 2013

REFORMA POLÍTICA SIM; TRANSGÊNICO, NÃO!

A presidente Dilma Rousseff discursava no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Marcante em sua intervenção era a defesa do plebiscito pela reforma política. Poucas horas antes, um deputado de seu partido, Cândido Vaccarezza (SP), candudatava-se a coveiro da consulta popular e decretava que nenhuma mudança seria válida antes de 2016 ou 2018.

O parlamentar paulista, coordenador do grupo de trabalho sobre sistema eleitoral, não afrontou apenas a convocação da chefe de Estado. Violou abertamente resolução da própria agremiação a que pertence desde sua fundação.

Indicado para a função atual pelo presidente da Câmara dos Deputados, o peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), Vaccarezza atua como um franco-atirador e se associa aos setores mais conservadores do parlamento. Nunca escondeu que, em termos gerais, é um apoiador das regras atuais do jogo político-eleitoral.

Está no seu direito ter as posições que bem entender e escolher as companhias que preferir. O mal maior que sua atitude produz é contribuir para a desmoralização dos partidos políticos, prato tão ao gosto do reacionarismo pátrio.

Ao formar na troika contra o plebiscito e a reforma política, ladeado por Alves e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado constrange o PT.

O Partido dos Trabalhadores sempre foi muito cioso de sua disciplina interna, ciente que não há outro caminho para a disputa programática, o combate pela direção do Estado e a construção de hegemonia político-ideológica na sociedade.

Pode um parlamentar do mesmo partido fazer o serviço dos que buscam travar a proposta da presidente em um momento de crise aguda? É cabível um deputado rasgar a orientação de sua agremiação e se compor com os que querem derrotá-la?

Nós abaixo-assinados nos dirigimos ao diretório nacional do PT, para que feche questão em torno da consulta popular, da Constituinte e da reforma política. Esse é o instrumento necessário para que sejam impostas as devidas sanções a quem resolve fazer carreira solo.

O PT deveria ser capaz de convencer seus parlamentares a andarem na linha. Ou oferecer a porta da rua como serventia da casa.

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